* Por Ángel Rico
Um dos países mais inspecionados ultimamente pelas autoridades económicas mundiais, além da Espanha, é Portugal. A enorme dívida pública e privada, que o país atravessa obrigou o FMI, o BCE e a Comissão Europeia (a Tróica) a dirigirem o presente e o futuro de Portugal.
Embora o déficit público seja menor do que em Espanha e que a percentagem de desempregados seja inferior (12,4%), comparativamente a Espanha, Portugal sofreu a intervenção da “Tróica” e Espanha não: - Porquê?
Resposta: - Pela diferença do potencial produtivo de Portugal, em comparação com Espanha.
Cada um é como é, e cada qual é como cada qual, já dizia o poeta. Portanto, na minha opinião, a primeira coisa que Portugal deveria fazer é admitir a sua realidade e, a partir daí, executar um plano que lhe permita fortalecer as suas potencialidades para obter o máximo rendimento económico e de emprego.
O turismo, a energia eléctrica e os biocombustíveis. São estes os grandes potenciais a desenvolver pelo próximo Governo Português, sem complexos e sem demora.
A sociedade portuguesa, na sua grande maioria, não acredita no potencial turístico que tem o país. E por isso, não tem sido capaz de fazer deste sector, o turístico - a primeira indústria Lusa. Isso é o que se necessita fazer urgentemente. Levar a cabo uma estratégia internacional, que mostre Portugal como um potencial turístico único, de alta qualidade e capaz de satisfazer todas as expectativas dos potenciais turistas, europeus em geral e espanhóis em particular.
Outro dos sectores que convenientemente potenciado pode gerar postos de trabalho e dinheiro é o energético. Temos que admitir as potencialidades existentes para Portugal em relação aos seus vizinhos. Espanha é um país ávido de energia, que por uma política desfasada, lhe vai impedir a sua auto-suficiência energética em pelo menos duas gerações. Desta fraqueza se está a aproveitar França, que vende, vende e vende a Espanha, enormes quantidades de energia eléctrica, proveniente de fontes nucleares.
Porque é que só a França deve ser o único beneficiário desta situação? Para os portugueses não é politicamente correcto que seja assim. Portugal deve aumentar o seu potencial hidroelétrico, incluso, produzir energia nuclear de terceira geração, mais segura. Feito isto, bater educadamente à porta dos espanhóis, oferecendo-lhes a energia de que precisam e que por complexos políticos desfasados, não se atrevem a produzir internamente, por uma falsa consciência.
E o outro potencial existente é o "agro-energético". Portugal, deve em primeiro lugar ser auto-suficiente na questão alimentaria, devendo oferecer aos consumidores a totalidade de produtos agrícolas e de ganadaria que solicitem ao longo do ano. Devendo assim garantir as necessidades nacionais, para não ter que recorrer à importação de alimentos. E uma vez assegurado isto, colocar o restante dos terrenos que se encontram ao abandono ao serviço da produção de biodiesel.
Uma vez garantida "a segurança alimentar nacional", Portugal deve re-industrializar o seu potencial agrícola para produzir biodiesel. A restante terra rural em Portugal pode permitir a produção de biodiesel, com o equivalente a quatro milhões de barris de petróleo por ano. Energia própria e renovável para o mercado interno e para exportação, para a Europa complexada.
Disso se trata, de aproveitar as oportunidades. "As oportunidades são como o nascer do sol: se se espera demasiado, perdemo-lo" (William George Ward). Dada a realidade actual, Portugal não se pode dar ao luxo de perder as oportunidades existentes. Esse luxo é só para os ricos e Portugal não está nesse clube de elite.
Não é necessário inventar oportunidades inexistentes em Portugal, quando à nossa frente estão as oportunidades que podem, a curto prazo, criar empregos e riqueza, a saber: turismo, energia eléctrica e energia renovável.
O futuro primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, deve liderar o passo que deve dar Portugal, para evoluir desde a melancolia do passado, ao potencial do futuro. Onde a maioria dos cidadãos seja beneficiária dos tesouros deste país. Um país que não tem tido líderes à sua altura.
Candidato e amigo Passos Coelho, quando é que começamos?
... Tenho dito!
Um dos países mais inspecionados ultimamente pelas autoridades económicas mundiais, além da Espanha, é Portugal. A enorme dívida pública e privada, que o país atravessa obrigou o FMI, o BCE e a Comissão Europeia (a Tróica) a dirigirem o presente e o futuro de Portugal.
Embora o déficit público seja menor do que em Espanha e que a percentagem de desempregados seja inferior (12,4%), comparativamente a Espanha, Portugal sofreu a intervenção da “Tróica” e Espanha não: - Porquê?
Resposta: - Pela diferença do potencial produtivo de Portugal, em comparação com Espanha.
Cada um é como é, e cada qual é como cada qual, já dizia o poeta. Portanto, na minha opinião, a primeira coisa que Portugal deveria fazer é admitir a sua realidade e, a partir daí, executar um plano que lhe permita fortalecer as suas potencialidades para obter o máximo rendimento económico e de emprego.
O turismo, a energia eléctrica e os biocombustíveis. São estes os grandes potenciais a desenvolver pelo próximo Governo Português, sem complexos e sem demora.
A sociedade portuguesa, na sua grande maioria, não acredita no potencial turístico que tem o país. E por isso, não tem sido capaz de fazer deste sector, o turístico - a primeira indústria Lusa. Isso é o que se necessita fazer urgentemente. Levar a cabo uma estratégia internacional, que mostre Portugal como um potencial turístico único, de alta qualidade e capaz de satisfazer todas as expectativas dos potenciais turistas, europeus em geral e espanhóis em particular.
Outro dos sectores que convenientemente potenciado pode gerar postos de trabalho e dinheiro é o energético. Temos que admitir as potencialidades existentes para Portugal em relação aos seus vizinhos. Espanha é um país ávido de energia, que por uma política desfasada, lhe vai impedir a sua auto-suficiência energética em pelo menos duas gerações. Desta fraqueza se está a aproveitar França, que vende, vende e vende a Espanha, enormes quantidades de energia eléctrica, proveniente de fontes nucleares.
Porque é que só a França deve ser o único beneficiário desta situação? Para os portugueses não é politicamente correcto que seja assim. Portugal deve aumentar o seu potencial hidroelétrico, incluso, produzir energia nuclear de terceira geração, mais segura. Feito isto, bater educadamente à porta dos espanhóis, oferecendo-lhes a energia de que precisam e que por complexos políticos desfasados, não se atrevem a produzir internamente, por uma falsa consciência.
E o outro potencial existente é o "agro-energético". Portugal, deve em primeiro lugar ser auto-suficiente na questão alimentaria, devendo oferecer aos consumidores a totalidade de produtos agrícolas e de ganadaria que solicitem ao longo do ano. Devendo assim garantir as necessidades nacionais, para não ter que recorrer à importação de alimentos. E uma vez assegurado isto, colocar o restante dos terrenos que se encontram ao abandono ao serviço da produção de biodiesel.
Uma vez garantida "a segurança alimentar nacional", Portugal deve re-industrializar o seu potencial agrícola para produzir biodiesel. A restante terra rural em Portugal pode permitir a produção de biodiesel, com o equivalente a quatro milhões de barris de petróleo por ano. Energia própria e renovável para o mercado interno e para exportação, para a Europa complexada.
Disso se trata, de aproveitar as oportunidades. "As oportunidades são como o nascer do sol: se se espera demasiado, perdemo-lo" (William George Ward). Dada a realidade actual, Portugal não se pode dar ao luxo de perder as oportunidades existentes. Esse luxo é só para os ricos e Portugal não está nesse clube de elite.
Não é necessário inventar oportunidades inexistentes em Portugal, quando à nossa frente estão as oportunidades que podem, a curto prazo, criar empregos e riqueza, a saber: turismo, energia eléctrica e energia renovável.
O futuro primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, deve liderar o passo que deve dar Portugal, para evoluir desde a melancolia do passado, ao potencial do futuro. Onde a maioria dos cidadãos seja beneficiária dos tesouros deste país. Um país que não tem tido líderes à sua altura.
Candidato e amigo Passos Coelho, quando é que começamos?
... Tenho dito!
*Presidente do Instituto Hispano-Luso
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