*Por Ángel Rico
Após as
eleições legislativas em Portugal, e como num jogo de xadrez, os movimentos dos
diferentes partidos políticos estão a decorrer como, aliás, era previsível; “os
vencedores minoritários” aferraram-se a que – Portugal à Frente – foi quem recebeu mais votos, esquecendo em
primeiro lugar, que a alternativa democrática com mais apoio no passado dia 4
de Outubro, foi a “abstenção” e em segundo lugar, que a coligação perdeu 738.754 votos, em comparação ao apoio tido
separadamente pelos dois partidos em 2011. E os outros partidos que
individualmente, tiveram menos votos que a coligação, descobriram que unidos (PS + BE + PCP) podem tocar o poder.
Apesar de não haver pontos em comum nos seus programas, nem nas suas propostas
eleitorais, à exceção de querer governar, podemos pensar que em caso de que a
“salada vermelha” chegue a governar, será um governo semelhante ao governo
grego e, portanto, instável e prejudicial para os cidadãos.
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Nas conversações entre os
diferentes partidos, tem havido muita dramatização, neste ponto Catarina Martins ganha com
superioridade, por isso é o que é ser atriz, interpretando aquilo que o guião
exige em cada momento. Os partidos governamentais, PPD/PSD-CDS/PP + PS, reuniram-se em duas ocasiões, esperando que um
se adaptasse ao programa do outro e, claro está, acontece aquilo que é
previsível – não se consegue um entendimento, o que teria sido bom para os
interesses de Portugal e dos portugueses.
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A coligação, e digo isto com
todo o respeito, não suavizou a soberbia em excesso que lhe fez perder a
maioria absoluta, (o que se teria conseguido com 174.531 votos a mais)
necessários para governar, quando todos os restantes partidos representados na
Assembleia da República estão situados à esquerda (PS), à esquerda da esquerda (PCP),
e à esquerda, da esquerda, da esquerda (BE).
E, que a Ministra da Agricultura e do
Mar, em exercício, Assunção Cristas,
participasse como interlocutora na reunião de 13 de outubro com o PS é
manifestamente aquilo que podemos considerar como “o recurso dos perdedores”, que
se empenham em não admitir que precisamente, a medíocre gestão de Cristas, supôs a perda de milhares de
apoios à coligação sendo um passaporte para passar do XIX Governo com maioria
absoluta (XII Legislatura) à oposição da (XIII Legislatura). A primeira coisa a
fazer para emendar o atual rumo, é admitir que estamos a seguir um rumo errado.
Neste sentido, Passos Coelho e Paulo Portas não assumiram um “mea culpa” da atual situação
minoritária.
Portugal
necessita
de um acordo político baseado na realidade alemã, com a participação do PPD/PSD-CDS/PP mais PS, elaborando um programa de governo em
que todos estivessem de acordo; um programa composto por 193 seções, onde cada partido
tratasse temas proporcionalmente ao número de deputados, apoiando o “Governo de Defesa Nacional” e não fossem
contraproducentes com outras propostas.
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Um governo do PPD/PSD-CDS/PP em minoria seria
negativo para Portugal, porque este hipotético
governo não teria a capacidade de fazer aprovar nenhuma lei, o que representaria
uma República Portuguesa
ingovernável. Mas também será ingovernável uma coligação radical de governo,
como o “Siryza” que levaria os
cidadãos à bancarrota, e ao aumento dos juros da dívida (que é agora de 198,23 pontos, face
aos 740,58 pontos da Grécia).
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Os cidadãos estão expectantes
para ver se os representantes recém-eleitos consideram mais importante o interesse
em Portugal, do que as próprias aspirações partidárias. Mas também há que refletir
que os 4.273.748 de portugueses que puderam votar,
e que decidiram abster-se, representando uma taxa de abstenção de 44,14%, dados
obtidos em países do terceiro mundo. Que Portugal chegue a ser ingovernável
será uma questão dos deputados eleitos, mas também daqueles que não votaram,
ignorando o futuro de Portugal nas
áreas da Saúde, Educação, Bem-estar Social, Impostos, etc. E acima de tudo,
estes cidadãos abstencionistas quando se olharem ao espelho devem estar cientes
de que nesta legislatura, o seu direito a protestar, por coerência, fiou reduzido à mínima
expressão.
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Aristóteles
disse:
“Não é preciso um governo perfeito; é preciso um que seja prático”. E é essa a
imperativa necessidade de Portugal; é necessário um governo que seja prático.
Porque, Thomas Jefferson, também nos
ensinou que: “A história explica-nos bem uma única coisa: em que consistem os
maus governos”. E um alegado governo PS
+ BE + PCP, será sem dúvida, um mau governo, que prejudicará aqueles que votaram
e os que se abstiveram em
Portugal. Creia-me !
Em política não há milagres, e nos partidos políticos sempre se age de acordo
com as ideologias. E os partidos (BE,
PCP) que estão cientes de que não terão o apoio dos cidadãos e, portanto,
sabem que não virão a governar, têm o papel mais mesquinho e hipócrita da vida
política, o que os leva a promessas impossíveis de cumprir em campanhas
eleitorais. O resultado de tanta demagogia chama-se Grécia. Onde aqueles que
prometeram não aguentar com 50, no final fizeram campanha para aguentar com
100. Porque “o que não pode ser não pode ser, e, além disso, é impossível”.
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Muitos seguidores da coligação lançaram campanhas
e movimentos contra a Lei da Gravidade, porque algo semelhante é o que estão a
tentar fazer em relação à “mentalização” do PS em geral, e do Dr. António
Costa, em particular, do nefasto que pode ser um governo antinatural. Desconhecendo
que quanto mais se queixam os simpatizantes e apoiantes do PPD/PSD-CDS/PP, mais
interesse provocam nos socialistas para derrubar a Passos Coelho do governo. Aqui
não entra em jogo o senso comum, senão todo o rancor político armazenado de uns
contra os outros. O futuro de Portugal
aconselha: “deixar de chorar sobre o leite derramado”, e começar a trabalhar,
sem tentar ignorar a Lei da Gravidade, sabendo que “não podemos evitar as
paixões, mas sim vencê-las”, e para isso é preciso conhecer o próximo passo de
António Costa, e ter preparado o seguinte movimento.
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Assim sendo, é previsível que:
Após a próxima eleição do Presidente@ da República de Portugal, se dissolva por
(ingovernável) a Assembleia e se convoquem novas eleições legislativas para o
verão de 2016. Em Portugal, todos têm
que ter presente aquela máxima de Nicolas
Avellaneda: “Nada está acima da Nação senão a própria Nação”
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…Tenho
dito!
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*Es presidente del
Instituto Hispano Luso
No parece vivir en Portugal...Assunção Cristas es una exitosa Ministra de Agricultura y que negocionó muy bien en Europa...
ResponderEliminarMe da la impresion que ud está favoriciendo la izquierda...tiene que ser imparcial para que todo los que no conocen la situacion en Portugal,se enteren...
com todo o respeito , eu discordo.
EliminarSe tiver de haver eleições antecipadas que assim seja. O que não pode nem deve acontecer é distorcerem os resultados eleitorais como que a deitarem areia para os olhos dos portugueses. A manter-se este impasse " do faz de conta que estamos a negociar ", nunca mais saímos disso. Eles pensam que o povo é parvo? Sabemos perfeitamente que não há partidos perfeitos nem líderes que agradem a todos. Apenas quero dizer que esta negociação do " FAZ DE CONTA " também não me parece séria.
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